Densidade dos mastócitos em lesões de quelite actínica

ARTÍCULO ORIGINAL

 

Densidade dos mastócitos em lesões de quelite actínica

 

Density of mast cells in lesions of actinic cheilitis

 

 

Rachel Reinaldo Arnaud, Maria Sueli Marques Soares, Manuela Gouvêa Campêlo dos Santos, Claudia Cazal Lira

Universidade Federal da Paraíba, Brasil.

 

 


RESUMO

Objetivo: Analisar a densidade dos mastócitos em Queilite Actínica segundo as características histológicas da lesão comparando com a mucosa normal.
Método: Estudo descritivo onde a amostra foi composta por dois grupos, sendo o primeiro com 33 espécimes de casos de queilite actínica diagnosticados clinicamente, e o segundo composto por 9 espécimes de mucosa oral normal, registrados no Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Dr. Napoleão Laureano, João Pessoa, PB. Os blocos parafinados da amostra foram cortados e corados em Hematoxilina e Eosina para avaliar o grau de displasia epitelial e infiltrado inflamatório; e por azul de toluidina para quantificar os mastócitos. A contagem dos mastócitos foi realizada com o auxilio de um retículo quadrado em 8 campos por caso. A leitura final foi expressa com o valor médio de mastócitos por caso em células/μm². Os dados foram analisados pelo SPSS (Statistical Package for Social Sciences) versão 15.0.
Resultados: Em 57,6 % dos casos houve algum grau de displasia epitelial, sendo 39,4 % leve, 15,2 % moderada e 3 % severa. Em 21,2 % havia carcinoma de células escamosas. A presença de infiltrado inflamatório e elastose solar foi observada em 84,9 % e 81,8 % dos casos, respectivamente. Os mastócitos foram identificados em 87,8 % da amostra. A densidade dos mastócitos nos casos de queilite actínica foi de 17,4±10,4 células/μm² e no tecido normal 1,78±1,64 células/μm² (p<0,001). Houve correlação estatisticamente significante entre densidade de mastócitos com os processos de displasia (p=0,004) e infiltrado inflamatório (p=0,000).
Conclusão: O aumento da densidade dos mastócitos nas lesões de queilite actínica, em relação a mucosa normal, e sua correlação com os processos de displasia e inflamação sugerem participação dessas células na progressão da doença para Carcinoma de Células Escamosas de lábio.

Palavras-chave: Mastócitos, queilite actínica, carcinoma de células escamosas, carcinogênese.


ABSTRACT

Objective: Analyze the density of mast cells in Actinic cheilitis according to the histological characteristics of the lesion compared with the normal mucosa.
Methods: Descriptive study where the sample consisted of two groups, the first with 33 specimens of cases of actinic cheilitis diagnosed clinically, and the second consists of 9 specimens of normal oral mucosa, registered in the Service of Head and Neck Hospital Dr. Napoleon Laureano, João Pessoa, PB. The paraffin blocks of the sample were cut and stained with hematoxylin and eosin to assess the degree of dysplasia and inflammatory infiltrate, and toluidine blue to quantify mast cells. The count of mast cells was performed with the aid of a square grid in the case of field 8. The final reading was expressed with an average value of mast cells by case / μm². Data were analyzed by SPSS (Statistical Package for Social Sciences) version 15.0.
Results: In 57.6 % of cases there was some degree of dysplasia, and 39.4 % mild, 15.2 % moderate and 3 % severe. 21.2 % had squamous cell carcinoma. The presence of inflammatory infiltrate and solar elastosis was observed in 84.9 % and 81.8 %, respectively. Mast cells were identified in 87.8 % of the sample. The density of mast cells in cases of Actinic Cheilitis was 17.4 ± 10.4 cells / μm² and 1.78 ± 1.64 normal tissue cells / μm² (p <0.001). There was a statistically significant correlation between mast cell density with the processes of dysplasia (p = 0.004) and inflammatory cell infiltration (p = 0.000).
Conclusion: The increase in mast cell density in actinic cheilitis lesions and its correlation with the processes of inflammation and dysplasia suggest involvement of these cells in disease progression for Squamous Cell Carcinoma lip.

Keywords: Mast cells, actinic cheilitis, squamous cell carcinoma, carcinogenesis.


 

 

INTRODUÇÃO

A queilite actínica (QA) é uma lesão potencialmente maligna que pode transformar-se em carcinoma de células escamosas (CCE) de lábio. Afeta principalmente o lábio inferior de pessoas de pele clara, na faixa etária de 50 a 60 anos de idade, que se expõem excessivamente à radiação solar.1-5

Histologicamente a QA revela com freqüência várias alterações epiteliais, sendo comum a ocorrência de displasia leve à severa 6 e Carcinoma in situ 7; e, no tecido conjuntivo, freqüentemente se observa elastose solar e infiltrado inflamatório de grau variado.3-4,8

Alguns autores afirmam que o infiltrado inflamatório tumor-associado contribui para a carcinogênese escamosa.9-10 Outros acreditam que os mecanismos que resultam na maliginização da queilite actínica possam ter a participação de componentes do processo inflamatório, a exemplo dos mastócitos, que são células que proliferam após indução pela radiação ultravioleta (UV) e que liberam potentes mediadores que atuam na inflamação, angiogênese e degradação da matriz intercelular. 2,11-14 Os mastócitos estão presentes em maior quantidade em lesões provocadas pela radiação UV, como a queilite actínica e o carcinoma de células escamosas de lábio. Alguns estudos associam a maior quantidade de mastócitos ao desenvolvimento da queilite actínica.2,11

Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo analisar a densidade dos mastócitos em Queilite Actínica segundo as características histológicas da lesão comparando com a mucosa normal.

 

MÉTODO

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Lauro Wanderley. CEP/HULW/UFPB sob protocolo número 448/10.

Foi um estudo descritivo onde um grupo foi composto por 33 blocos parafinados de casos com diagnóstico clínico de queilite actínica em indivíduos de ambos os sexos, registrados no Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Dr. Napoleão Laureano, João Pessoa, PB, obtidos no período entre os anos de 2000 a 2008. O segundo grupo foi composto por 9 blocos parafinados de espécimes da mucosa oral normal. Para serem incluídos na amostra, os blocos parafinados deveriam ter condições para novo corte e coloração para análise histológica.

Cada bloco selecionado foi recortado em secções de 4 µm de espessura para a obtenção de duas lâminas, uma por coloração por técnica de rotina de Hematoxilina e Eosina(HE) e uma outra lâmina para ser colada pela técnica de Azul de Toluidina (AT), para identificação de mastócitos.11

A avaliação histológica foi realizada por dois examinadores independentes, previamente calibrados, em um microscópio óptico, onde foi realizada análise microscópica das características histológicas epiteliais de acordo com os critérios estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A displasia epitelial foi classificada de acordo com OMS em displasia leve, displasia moderada e displasia severa 6. A presença de elastose solar e de infiltrado inflamatório também foi registrada, sendo o infiltrado classificado como leve, moderado ou intenso e na seleção das áreas para análise foram desconsideradas regiões de ulceração.15

Para contagem dos mastócitos, foi utilizado um microscópio óptico Motic BA 300®, Canadá, com magnitude 400X, acoplado ao computador com programa Motic Images Plus 2.0. A leitura foi realizada em 8 campos por lâmina, usando um retículo quadrado (20x20), onde cada lado do campo tinha 12μm, somando uma área de 144 m² por campo; e a soma total dos oitos campos igual a 1052 m². A média de mastócitos foi obtida pela leitura dos 08 campos e expressa em células/m².

Os dados foram tabulados e realizados testes estatísticos em programa estatístico SPSS (Statistical Package for Social Sciences) para Windows versão 15.0. Os procedimentos de inferência estatística foram realizados por testes U de Mann-Whitney, Kuskall-Wallis, Qui-Quadrado e o coeficiente de Spearman, sendo consideradas estatisticamente significantes diferenças quando p<0,05.

 

RESULTADOS

Dentre os 33 espécimes do grupo com Q.A foi observado que 78,8 % apresentam alteração epitelial variando de displasia leve a CCE. Em 57,6 %(19) houve algum grau de displasia, sendo 39,4 % (13) leve, 15,2 % (5) moderada e 3 % (1) severa; e em 21,2 % (7) dos casos ocorreu CCE. A presença de infiltrado inflamatório foi observada em 84,9 % da amostra, variando de 39,4 % (13) leve, 15,2 % (5) moderado e 30,3 % (10) intenso. Elastose solar foi observada em 81,8 % dos casos.

Os mastócitos foram identificados em 87,8 % (29) dos casos (Figuras 1A, 1B, 2A e 2B) e estavam localizados próximos a área de epitélio displásico (30,3 %), na lâmina própria (24,2 %), permeando a elastose solar (15,5 %), na proximidade de vasos (9 %), na região peritumoral (18,8 %) e submucosa (6 %). Em 15,2 %(5) dos casos, os mastócitos estavam ativos, em estágio de degranulação, especialmente quando próximos à área displásica, região tumoral e de vasos.

A média de mastócitos nos espécimes de QA foi de 17,4±10,4 células/m² com variação de 5,9 a 33 células/m², enquanto que nos espécimes de mucosa normal foi de 1,78±1,64 células/m², com variação de 0,52 a 3,04 células/m². Houve diferença estatisticamente significante (U de Mann-Whitney, p<0,001) quando comparada a concentração de mastócitos entre os dois grupos. A média de mastócitos foi de 27,57±5,94 células/m² nos casos de CCE, sendo significativamente maior (Kruskall-Wallis, p=0,001), quando comprados tecido normal e graus de displasia epitelial (Fig. 3).

Houve uma correlação estatisticamente significante (coeficiente de Spearman, p=0,004) entre a densidade dos mastócitos e a presença de displasia epitelial. Sendo observado um aumento progressivo significativo (Kruskall-Wallis, p=0,001) na quantidade de mastócitos, quando havia aumento da severidade dos graus de displasia.

O infiltrado inflamatório apresentou uma correlação estatisticamente significante com a densidade dos mastócitos (Coeficiente de Spearman, p=0,000) e a quantidade de mastócitos aumentou em função dos graus de inflamação (Kruskall-Wallis, p=0,003) (Tabela).

Também foi observada correlação estatisticamente significante entre displasia epitelial e infiltrado inflamatório (Coeficiente de Spearman, p=0,002). No entanto, ao verificar se os graus de displasia estavam associados aos graus de inflamação, não foi observada associação significativa (Qui-Quadrado, p=0,398).

Ao analisar a densidade dos mastócitos com a presença/ausência de elastose solar foi observada que não houve diferença estatisticamente significante (U de Mann-Whitney, p=0,05).

 

DISCUSSÃO

Os mastócitos são células inflamatórias que têm sido reconhecidas como importantes efetoras dos efeitos deletérios da radiação solar sobre a pele 16-17. Recentes estudos mostram que essas células estão significativamente aumentadas em lesões de lábio induzidas pela radiação como a queilite actínica 2,18-19 e carcinoma de células escamosas de lábio11,15,20-25. No presente estudo foi observado aumento do número dos mastócitos em lesões de Q.A quando comparada ao tecido normal intrabucal, corroborando com os resultados de outros estudos.11,15,18

Por outro lado, no presente estudo, foi identificada uma associação significante entre densidade de mastócitos e os diferentes graus de displasia, sendo esses dados semelhantes aos de outras pesquisas.11,26 Nestes estudos, os autores observaram estreita correlação entre a ativação dos mastócitos e as diferentes fases de hiperceratose, displasia, carcinoma in situ e carcinoma oral invasivo. Para estes autores durante o processo de carcinogênese há uma infiltração seqüencial e degranulação de células mastócitos em CCE. Vale destacar que as alterações no citoesqueleto epitelial em lesões potencialmente malignas podem anteceder as alterações estruturais, como provavelmente observado por Santos, Sousa, Nunes, Sotto, Araújo (2003)27 que identificaram alterações no padrão de diferenciação de queratina em QA. Supostamente estas alterações dependem então no estágio em que se encontra o processo de transformação, bem como da continuidade da ação do agente etiológico sobre o tecido.

A relação entre a densidade de mastócitos e os diferentes graus de displasia epitelial não são achados frequentemente observados divergindo dos nossos resultados.15,18-19

A localização dos mastócitos esteve relacionada a região peritumoral,ao redor de vasos, próximos a área de inflamação, elastose solar e displasia epitelial. Estes achados foram semelhantes aos resultados de outros autores2,11,18-20,22-23 reforçando a hipótese de que os mastócitos poderiam participar do processo de transformação maligna da queilite actínica.

Assim como os resultados de Rojas, Spencer, Martínez, Maurelia, Rudolph (2005)20, Rojas (2009)28, Grimbaldeston, Finlay-Jones, Hart (2006)29 a densidade dos mastócitos esteve correlacionada com a presença local da inflamação. Há indícios que a resposta inflamatória, naquela região tecidual, poderá estar contribuindo com a progressão do processo benigno para maligno.14

A migração dos mastócitos para o sítio tumoral e a sua ativação pode ser a condição necessária para seu efeito promotor sobre o tumor. Visto que a falha neste processo pode ser a responsável pela diminuição dessas células em lesões com potencial de malignização e em lesões malignas da cavidade oral.30

A presença consistente de mastócitos nas lesões de QA de nossa amostra podem ter sido mediada pelo mecanisno explicado por Huang y otros(2008).31 Neste processo, em presença de inflamação, a liberação do mediador químico SCF (Fator tumoral derivado de células tronco) é responsável pela ativação do receptor c-kit em mastócitos resultando em diferenciação, migração, maturação e sobrevivência destas células no microambiente tumoral.

O aumento da densidade dos mastócitos nas lesões de QA, em relação à mucosa normal, e sua correlação com o processo de displasia e de inflamação sugerem sua participação na progressão da doença para CCE de lábio.

 

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Recibido:
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Rachel Reinaldo Arnaud. Mestre pela Universidade Federal da Paraíba, Brasil. Correo electrónico: rrarnaud@hotmail.com